INF1 Olhe, e depois, há lá lá um couto que tem o lagarto e a cobra [pausa] e tem onde a Senhora apareceu. Que diziam os antigos que aparecera a Senhora lá, numa no meio do penedo, numa gruta.
INF2 Há um buraco.
INF1 E as meninas que passam lá, em qualquer altura do ano – ou seja no dia da festa ou no dia da ladaínha ou que vão com o gado ou que vão com a rês ou que vão com isto – que passam passem lá, atiram com a pedra. E as que
INF2 No Maio, faz-se-lhe uma ladaínha.
INF1 E as que lhe ficar a pedra lá dentro do buraco [pausa] vão casar. E as que não consigam meter a pedra ficam já um bocado [pausa] desgostadas porque [vocalização]…
INF2 Desgostadas porque se não casam.
INF1 Às vezes, até ainda casarão; mas julgam que não casam.
INF2 Por causa de brincadeiras nossas. Mas Mas há essa brincadeira.
INQ1 Pois, pois, claro.
INF1 Mas está tudo cheio de pedras. Pedras pequenas!
INF2 Está o O tal buraco está cheio de pedras.
INF1 O tal buraco, que é o buraco que diz que era onde estava a santa, diziam os antigos. [pausa] E diziam que era, então [vocalização]… Está a cobra; está o lagarto… E diziam que era a cobra e o lagarto que queriam chegar lá, mas que não conseguiam. Por milagre da santa, que não conseguira conseguiram.