FLF26
Costa do Lajedo, excerto 26
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INF Eu houvera de ter uns [pausa] dezassete, dezoito anos quando comecei nisso.
INQ Hum, aprendeu com a sua mãe?
INF Não, a senhora minha mãe não tecia.
INQ Então aprendeu com outra pessoa?
INF Foi com com gente de fora. As primeiras teias que eu teci, eu chamava uma pessoa para a botar no tear – não sabe? Que eu não tinha [vocalização] não tinha confiança em mim de a botar. E um dia meu pai disse: "Olha, tu [vocalização] esta é que vais botar no tear e eu também te quero dir ajudar". Que ele tinha visto – a mãe dele tecia muito, minha avó. Ele também tinha visto muita vez. "Eu, eu Eu quero dir ajudar também. E tu é que a vais botar. Não se chama ninguém desta vez". E era dezasseis varas [pausa] – para cobertores. Está bom. A gente foi – e era numa casa velha que a gente tinha lá. Fomos para lá botar a teia. A gente botou a teia e ela ficou bonzíssima. Nunca mais se chamou ninguém para botar a teia.
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