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GIA32

Gião, excerto 32

LocalidadeGião (Vila do Conde, Porto)
AssuntoO lenhador e o forno de carvão
Informante(s) Cosme Cunegundes

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INF1 Mas havia [vocalização] duas coisas que se faziam com torrão: era a cobertura dos fornos de queimar carvão [pausa] Por isso, cada madeireiro que se dedicava a queimar carvão porque a senhora sabe que nós tivemos uma época em que se aproveitava todos os trepos das árvores para fazer carvão. [pausa] Essa época acabou. Hoje ninguém tira um cepo para fazer carvão. Mas tivemos uma época que se aproveitava tudo e se rachava os os cepos a tiros de fogo. Eu ainda tenho um trado, que era do meu avô, que era de furar os os canhotos para dar cómodo para os rachar. [pausa] Um, era essa coisa: portanto, todos os queimadores, os madeireiros, todo todo o madeireiro que se dedicava e fazia carvão que tinha também a indústria de carvão , tinha um homem apropriado porque obrigava a um determinado conhecimento que o carvoeiro

INF2 É que sabia. Pois.

INF1 Porque nem o vendedor de carvão é que é carvoeiro. Também o que o faz E chamava-se queimador. [pausa] Esse homem chamava-se queimador, que é que fazia os fornos de carvão e que assistia do princípio ao fim. Acen- Acendia-o e estava ali de dia e de noite.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Tinha uma barraca. Fazia até a barraca quase sempre de, de de terrão também.

INQ Ah!

INF1 [pausa] E além do do terrão para para os fornos de carvão, era usado também para os paus de que se falou ontem, para as divisórias das propriedades.


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