GIA32
Gião, excerto 32
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INF1 Mas havia [vocalização] duas coisas que só se faziam com torrão: era a cobertura dos fornos de queimar carvão… [pausa] Por isso, cada madeireiro que se dedicava a queimar carvão – porque a senhora sabe que nós tivemos uma época em que se aproveitava todos os trepos das árvores para fazer carvão. [pausa] Essa época acabou. Hoje ninguém tira um cepo para fazer carvão. Mas tivemos uma época que se aproveitava tudo e se rachava os os cepos a tiros de fogo. Eu ainda tenho aí um trado, que era do meu avô, que era de furar os os canhotos para dar cómodo para os rachar. [pausa] Um, era essa coisa: portanto, todos os queimadores, os madeireiros, todo todo o madeireiro que se dedicava e fazia carvão – que tinha também a indústria de carvão –, tinha um homem apropriado porque obrigava a um determinado conhecimento que só o carvoeiro…
INF2 É que sabia. Pois.
INF1 Porque nem só o vendedor de carvão é que é carvoeiro. Também o que o faz… E chamava-se queimador. [pausa] Esse homem chamava-se queimador, que é que fazia os fornos de carvão e que assistia do princípio ao fim. Acen- Acendia-o e estava ali de dia e de noite.
INQ Rhum-rhum.
INF1 Tinha uma barraca. Fazia até a barraca quase sempre de, de de terrão também.
INQ Ah!
INF1 [pausa] E além do do terrão para para os fornos de carvão, era usado também para os paus de que se falou ontem, para as divisórias das propriedades.
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