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GRJ11

Granjal, excerto 11

LocalidadeGranjal (Sernancelhe, Viseu)
AssuntoNão aplicável
Informante(s) Encarnação Élia Elisa

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INF1 Então, a senhora está melhorzinha?

INF2 Obrigado. Olhe, hoje até saí. Se tenho ido bem ruim! Agora estou um bocadinho melhor.

INF3 Senta um bocadinho.

INF1 Mas está com bom aspecto!

INF3 Está, está, graças a Deus! Senta-te um bocadinho.

INF1 Está com bom aspecto a senhora!

INF2 Então, ele o meu aspecto é sempre o mesmo.

INF1 Não, mas está, então. Por acaso. Para a idade, não é?

INF2 Isto está tão mal! Ah, pois.

INF1 Para a idade que a senhora tem, está com muito bom aspecto!

INF2 Mas sabes que quem de novo é bonitinha, de velho tem um jeitinho.

INF1 É verdade.

INF2 A gente não é jeito, é [vocalização] Sempre tive Sempre De toda a vez que estava doente, diziam sempre que não parecia doente.

INF1 Pois.

INF2 Não sei que era. É feitio da gente. Senta-te Encarnação.

INF1 Deixe estar que eu

INF2 Olhe, tire esse livro daí. Senta-te.

INF1 Eu não me posso Eu não me posso sentar.

INF2 Porquê? Anda tudo cheio de trabalho, meu Deus!

INF1 Tem a gente serviço para fazer.

INF2 Estas senhoras têm tanto empenho de que viessem aqui pessoas. Pagam a [vocalização] A senhora não disse?

INQ Sim, sim.

INF2 A duzentos mil réis ao dia, a pessoa que viesse la- trabalhar um dia para aqui. Para dizer coisas antigas. Ela tem que fazer uns livros com uns dizeres [vocalização] dos antigos.

INF1 Rhum!

INF2 Línguas que agora não usam em Portugal, mas que eram língua portuguesa.

INF1 Pois.

INF2 E, mas aqui não, não ninguém tem vagar.

INF1 Pois, é aqui Aqui o vagar é pouco!

INF2 Cantar, para cantámos coisas


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