GRJ65
Granjal, excerto 65
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INF1 E, às vezes, o burro quando assim está agora, quando chega, quando é no Maio – que é quando eles roncam mais, que é quando é no tempo da cevada. Começam a roncar porque estão sempre assim: Risos a abanar.
INF2 Ai, senhor do céu!
INQ Então aqui não costumam cruzar éguas com, com burros?
INF1 Costumam sim. Havia aqui… Até agora ainda há no prado. Quer dizer, a [vocalização] égua é natural como o cavalo, não é? Mas se que para sair uma mula ou um macho, tem que ser ao contrário.
INF2 É de burro, é de burro.
INF1 A burra tem de andar a um cavalo e para a para a égua parir um macho tem de andar a um burro. Mas para isso é preciso enfeitá-las muito. Não é assim de qualquer maneira. Isso ainda leva tempo. É preciso os gajos ensaiarem-se, não há burros…
INF2 Mas ainda é muito tempo. Há muitos que não se atiram.
INF1 Há burros que não atiram às éguas, se não estarem bem s- bem feitos e ensaiados. Ensinados. Mas depois lá vão.
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