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MIG02

Ponta Garça, excerto 2

LocalidadePonta Garça (Vila Franca do Campo, Ponta Delgada)
AssuntoA vinha e o vinho
Informante(s) Amílcar Aristóbulo

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INQ Então explique-me como é que era esse alagar?

INF1 Era em ele de pedra.

INQ Havia uma, uma pedra?

INF1 Aqui nessa casa havia um alagar.

INF2 Havia.

INF1 É um quadrado de pedra.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Umas lajes assim grandes todas, com a bica a correr o vinho. E tem uma trave assim por cima, com um peso e um fuso, tudo em madeira. E a gente andavam com aquele peso de roda

INF2 Mas o peso, aquilo era em pedra.

INF1 Mas é que nesse tanque ficava Aquilo era pedra tudo. O peso tem que ficar assim dessa altura despenso do chão, que é para fazer para descair o peso, para espremer a uva que está no alagar. No tempo havia era alagares e não prensas. Não.

INQ Aquele pauzinho que se enfiava no fuso para rodar, dava algum nome a esse pauzinho?

INF2 É o fuso. A gente tratava o fuso.

INF1 É. Mas tem um pauzinho ali, tem.

INQ Mas depois, em baixo

INF1 Eu sei o que é. Isso é o Eu sei o que é que o senhor está dizendo.

INQ Havia um coiso ali, um pauzinho, que era onde a gente pegava para

INF1 Eu sei. Agora, isso pode ter um nome; no tempo, nunca me explicaram o nome desses pauzinhos. Eu sei que havia o fuso, havia o peso, [vocalização] [pausa] havia o cincho que era donde se deitava a uva dentro

INQ Que era como aquele que está ali?

INF1 , mas em vimes.

INQ Era em vimes?

INF1 Era em vimes. No tempo, ainda apanhei aqui nessa casa, era em vimes. Era


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