INQ1 Quando havia essas lavouras grandes que podia haver vinte ou trinta trabalhadores ao dia, a trabalhar lá, não havia um rapazito que ajudava? Ou ia buscar água ou ia fazer um recado, quando eles estavam assim ali a trabalhar todos?…
INF Eu vou Eu vou-lhe dizer: que no tempo que o senhor visconde – que eu não sei se o senhor conhece o senhor visconde – ele arroteou esses matos que têm muita pastagem – que é esse senhor visconde que tem aqui o prédio aqui na Senhora da Vida –, este homem deitou muitos homens a cavar mato, não é? E na-, e na-, estes [vocalização] Estes homens que estavam a cavar mato, havia três ou quatro rapazes só a acartar água. O serviço deles era só acartar água para os trabalhadores. Iam lá à nascente, acabavam [vocalização] aquela água, iam buscar mais. Mas isso é rapazitos que estão mesmo por conta do dono. Agora, ele haver gente de acartar água, nunca houve. Só d- Quando metem muita gente a trabalhar, como esse senhor visconde meteu muitos homens a cavar mato…
INQ2 Quando andam, por exemplo, nas vindimas, não há ninguém que vá buscar água?
INF Não senhora. O dono de, da da vindima leva um água para baixo. Acaba aquela água, vai um trabalhador… Acaba aquela água, precisam de mais água, vai um trabalhador que lá está trabalhando: "Vem cá acima, vá ali à fonte encher mais um, um [vocalização] um garrafão de água ou uma jarra de água". Que no tempo havia muitas jarras que era ele em barro [vocalização]. "Vai buscar mais água"! Não. Ele nunca havia uma pessoa agora
INQ2 Só para isso?
INF só para isso.