PFT31
Perafita, excerto 31
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INF Digo esta oração toda no meio de cada mistério, a rezar o terço, à noite, quando se vai à [pausa] casa do morto e reza-se por a- por aquela pessoa e digo esta oração cinco vezes. Em cada mistério sua sua vez. E muitos não dizem nada disso, não a sabem. Nem a rir. Foi uma mulher, que esteve a servir em ca- em casa duns padres [pausa] e – mulher é de Maçada até – e depois aprendeu e ensinou-ma. E eu escrevi-a num papelinho e aprendi-a. Depois, durante esse tempo todo, eu era que ia rezar a casa dos mortos quando morriam. Mas agora, [pausa] já não [vocalização] podia. Tinha medo de me equivocar. Porque a gente Olhe, viu agora que [pausa] que que eu já ia a dizer e já [pausa] parei? Que [pausa] a gente fica equivocada, e depois está muita gente, e [vocalização] não tinha, já não tinha cabeça. Só sendo muito, muito, muito, por muita necessidade, ao mais já não já não vou fazer nada dessas coisas. E agora muita gente já nem quer [pausa] que estejam ao pé dos mortos e a rezar. Não quer estar a rezar. Depois a gente, está assim a gente, a casa cheia de gente, não é, e os donos bem gostam [pausa] que rezem. Mas eles não gostam de estar a rezar, querem mas é estar a rir-se e a conversar. [vocalização] As senhoras bem devem saber, que é assim por lá, mas primeiro aqui era assim.
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