INF A gente aqui há vários rapazes também que têm o [vocalização] que têm o cofre. Conhece o cofre?
INQ Sei como é.
INF A gente apanha…
INQ É assim, não é?
INF Não.
INQ Redondo.
INF É redondo. Redondo sobre o comprido.
INQ Redondo em cima? Pois, mas que faz assim, tem três arcos, não é, ou quatro?
INF Tem três arcos, em redondo, ou quatro ou cinco.
INQ Pois.
INF E é ali todo fechado. E tem as duas bocas que é metidas para dentro, uma em cada cada ponta. E é com umas canas a para segurar aquilo esticado, [vocalização] o diabo do [pausa]
INQ Do cofre.
INF do cofre esticado. E é iscado. As grelhas, que é umas grelhas que tem, que é [vocalização] como uma re- como uma rede, como uma rede de, de de arame, a gente bota a isca ali dentro por causa do de o peixe não comer. Porque antigamente punha-se só o peixe, assim amarrado pela cabeça e pelo rabo, preso dentro do cofre. Mas às vezes entrava a moreia lá dentro, ou coisa, e, e levava e levava a isca. Assim, a gente inventámos – cá inventaram – as tales grelhas, botam a isca lá dentro e a moreia já quer comer mas já não já não pode comer. E [vocalização] E a gente também faz é isso. A gente, uns usam umas bóias… Cada cofre Mas aqui cada cofre tem uma bóia. A gente não Chama-se tralhas. Porque quando é assim, às vezes, dez ou doze ligados uma à outra, que é depois botam uma p- uma bóia numa ponta, uma bóia na outra. E a gente aqui não. A gente aqui, bota aqui um cofre – conhece-se mais ou menos a pedra e bota aqui um cofre –, bota ali outro, e todos os cofres têm a sua bóia. Mas cada qual [pausa] da sua cor, com a marca que a gente s- que a gente sabe.
INQ Com a marca do pescador.