STA18
Santo André, excerto 18
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INF1 Eu já disse. Estou conversando não sei quem com quem, que ainda foi uma coisa que não procurei, mas é assim mesmo. Eu sei quem é. Eu sei que é ela. Mas olhe, um dia qualquer…
INQ A gente não o leva para a prisão.
INF1 Não. Mas um dia qualquer – que não foi um dia, foi por duas vezes – já tive muitas consultas médicas. E dos advogados cuido que ainda muitas mais. Fraco sinal, o mal de tudo! Porque se fosse boa pessoa, não era preciso o de [vocalização] de advogado, e se fosse são, não era preciso médicos. E diz uma vez um médico, dizendo eu: "Ó senhor doutor, olhe que isto, parte da da feira" – aqui por o nosso sítio – "é festa, poderei botar um copinho de vinho? [pausa] Às vezes me junto com os meus amigos"… E diz: "Poucochinho. Há que beber com jeito". Estávamos ou quatro ou cinco colegas – quatro éramos – e diz-me: "Mas olhe, beba com que beba [vocalização] com jeito, que estejam os colegas de frente e que lhe vejam encharcado no céu da boca". [pausa] Compreende a a senhora?
INQ2 Não.
INF2 Não compreendeu.
INF1 Não compreendeu? Estarmos aqui a conversar todos e eu beber, beber e até abrir assim a boca e vermos já o vinho encharcado no céu da boca!
INF2 Foi um doutor que lhe deu esta receita.
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