INQ1 Olhe, e uma terra de azinheiras como é que se chama sempre?
INF [vocalização] A gente às vezes chama-lhe um um azinhal, então não é? [vocalização] Isso vocês até depois podem-lhe: "Olha, está aqui um azinhal".
INQ2 Rhum-rhum.
INF Pois. [pausa] Uma terra [vocalização] como agora aqui de nove ou dez hectares, não é?
INQ2 Rhum-rhum.
INF A gente: "Olha, está aqui um azinhal". Pois. Até pode ter outro nome, não é? Vocês depois lá: "Olha, lá aquele, o o alentejano ou o ribatejano, olha [vocalização] chamava-lhe um azinhal".
INQ2 É alentejano ou ribatejano?
INF Não, a gente aqui somos ribatejanos.
INQ2 Ribatejano.
INF Tanto que quando estive lá em cima – até fui também lá a Portalegre…
INQ2 Está quase no Alentejo mas é ribatejano.
INF Pois. Sempre. Mas eles conhecem-se do q-. É. A nossa pronúncia aqui não é bem como a do alentejano.
INQ2 Pois.
INF É logo diferente. Então aqui perto da gente é logo diferente. Tanto que a gente quando vai a Lisboa: "Ah, você é alentejano"! É que a gente tem aqui um sangue misturado, não é? É alentejano, é ribatejano, é [vocalização]…