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STJ25

Santa Justa, excerto 25

LocalidadeSanta Justa (Coruche, Santarém)
AssuntoA rega
Informante(s) Cristóvão Denise

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INF1 Por isso existe. Chama-lhe a gente também uma esquadra não é? , o caso que se disse bocado: sendo uma esquadra é como daqui a além; depois além está outra regadeira, depois leva, enfim

INQ E como é que vai mudando a água?

INF1 [vocalização] Quando estiver regada.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Por exemplo, a rega tem muito tem muitas coisas. Por exemplo, temos o tomate ou o pimentão. A gente vai como daqui até pode ir como daqui à aldeia. [pausa] Pois Para ser bom

INF2 A regar com a esquadra.

INF1 Com a esquadra.

INF2 Rega com a esquadra.

INF1 Mas não não rega tudo a eito.

INF2 Deixa-se rego sim Rega-se rego sim, rego não.

INF1 Pois.

INQ E como é que muda de rego?

INF2 Tapa-se os biquetes. Chama-se-lhe os bique-.

INQ E muda-se com quê?

INF1 Com a enxada.

INF2 Com a enxada.

INQ Com a enxada?

INF2 Com terra.

INQ E esse pedaço de terra como é que lhe chama?

INF2 É o biquete.

INQ Ai é esse o biquete?

INF1 Chama-se Chama-se a terra para tapar o biquete.

INF2 Chama-se A gente chama aqui na nossa área é um biquete.

INF1 Pois.

INF2 Por exemplo, tem aqui agora. Solta-a por aqui para ir por este rego. Tapa-se aqui e ela corre por este rego. Depois para mudarmos, corta-se aqui outro biquetezinho aqui mais aqui.

INF1 Por exemplo, deixa ver se elas compreendem. Por exemplo: é assim uma esquadra.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Por exemplo, aqui existem dez regos. E a gente, para dar menos trabalho que isto tem de haver malícia no trabalho [pausa] rega-se cinco.

INQ Rhum-rhum.

INF1 Porque esses cinco estão abertos. A gente abre cinco [pausa] estão a compreender? Estão dez

INF2 Rega-se esses cinco e depois à volta para cima, rega

INQ Ah!

INF1 Volta para cima, depois [pausa] vai-se para baixo, [vocalização] à outra rega, [pausa] está outros cinco destapados.

INF2 Vão-os tapando menos .

INF1 tapa se Tapa aqueles e os outros estão tapados.

INF2 Não é por malícia, é que a gente depois íamos aqui

INQ É o jeito que tem de regar.

INF2 Íamos aqui com a esquadra toda para baixo, depois chegávamos abaixo e metíamos a água para aonde?

INF1 E então a água, a água punha-se para onde?

INQ Pois.

INF1 Tem de haver malícia!

INF2 E assim, agora leva-se um rego. [vocalização] Ele rega-se, por exemplo: são dez regos, rega-se cinco para um lado e vem-se para cima a regar os outros cinco.

INQ Pois.

INF1 Pois.

INQ Pois é.

INF1 E outra rega no milho, às vezes. Esse, agora, [pausa] mais cabilice. , por exemplo, uma regadeira grande a gente [vocalização], os trabalhadores têm de ter malícia! E ele toda a gente quer Às vezes se rega cinco e Depende da terra: se for terra direita, solta-se para cinco ou seis, [pausa] existe um cortador em cinco ou seis regos.

INF2 Solta-se para mais regos.

INF1 Depois, por outros cinco

INF2 Mas do tomate não pode ser assim.

INF1 Não.

INF2 O tomate é cada [vocalização]

INF1 O tomate, cada rego tem de levar um

INF2 Cada rego tem de ser um biquete aberto.

INF1 Tem de ser. O tomate é muito odioso! O tomate


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