INQ1 Mas fio de lã?
INF É de lã. Mas agora já usam outras fibras também. Antigamente era só de lã.
INQ2 Mas a isso chamam-lhe lã na mesma?
INF Agora Não, agora já há outras fibras. Agora há há o [vocalização] terylene, chamamos-lhe o terylene.
INQ1 Pois claro.
INF AB|Agora [vocalização], isso foi E há [vocalização] outras qualidades de fibras. [pausa] Naquele tempo era só lã e mungo.
INQ1 E o?…
INF Mungo e o alg-. Era mungo e algodão. Faziam-se as voltas…
INQ1 Mungo era o quê?
INF É uma uma coisa que se comprava, de farrapos, das farrapadeiras, esfarrapavam aquilo tudo e fazia o mungo. Depois vinha em fardos e os e os industriais compravam aquilo. E [vocalização] conjuntamente com algodão – pois eu na- eu trabalhei nessas fábricas –, fazia-se a volta… Fazia-se uma volta grande, grande, um monte, daqui de algodão e ali de coisa, e ficava tudo entremeado. Depois ia para as cardas; depois aquelas cardas dão a [vocalização] pasta; e depois ia depois ia para o prato, fazia a [vocalização] mecha; da mecha ia para as fiações e as fiações faziam o fio. Era assim.
INQ2 E o estambre era aquele mais fininho?
INF O estambre era uma matéria assim… Era lã fina, lã, lã, lã da melhor lã que havia!
INQ2 Rhum-rhum.
INF Pois. Era a melhor fazenda que havia nas dessa altura. Hoje já há diversas fazendas. E agora que sejam mais algumas que sejam muito coisa, mas ainda serão mais somenos do que nesse tempo. Risos