INF Ainda no Antes do Natal, fui eu e a minha mulher, às duas matanças de porcos da minha filha. Fomos lá dua- E quem fez o sa- a comida – o, cha- nós aqui chamamos sa- sarrabulho –, quem fez o sarrabulho foi a minha mulher! Ai! Pelo acaso, não é por gabar a minha mulher, mas a minha mulher já foi cozinheira. Eu, quando casei, a minha mulher era cozinheira de servir! A minha mulher era cozinheira de servir – quando na- namorava comigo – num polícia n [vocalização] - destes polícias secretas, desses polícias não destes polícias que andam a re-, a investigar, a [vocalização] a descobrir roubos…
INQ1 Da Polícia Judiciária?
INF Isso! A m- A minha mulher esteve lá, era cozinheira de cozinheira, ali no Porto! Esteve lá no Porto…
INQ2 Então sabe bem de cozinha?
INF Sabe. Também já foi cozinheira dum, dum dum casamento duma amiga. Já, já. Foi ela também que [pausa] preparou tudo! Bem, ela [pausa] deu os planos. Quem estava a preparar era [vocalização] ajudantas. E a minha mulher foi agora, chamou chamou-a a minha filha q-. À uma, sabe preparar as carnes, que a minha filha não sabe. Nós fomos lá só para preparar as carnes, as chouriças, isso tudo, não é? A minha mulher sabe. Por acaso essa essa é especial, até até a vizinhança [pausa] chama por a minha mulher para lhe preparar aquelas carnes, porque as carnes de porco [pausa] têm muita coisa que se lhe diga.
INQ2 Claro, claro. Para conservar e tudo.
INF Para conservar. E a minha mulher foi que fez o sarrabulho. Sabe quantas pessoas eram à mesa? Éramos vinte – não eram muitas – eram vinte e quatro pessoas à mesa. Para um sarrabulho, vinte e qua-… É um Era um baptizado!