INF Eu, o que uma pessoa trazia de corvinas! Jesus! Não íamos vender, que é que aqui era proibido. Porque esse peixe, aqui, era proibido. Sabe onde é que nós íamos vender? Você sabe onde é que é Fão?
INQ Sei.
INF Fão. Não é Esposende .
INQ Sim é para cima, para cima de Esposende.
INF Temos Esposende, e temos por o sul Fão.
INQ Ai, é para o sul, Fão?
INF É. Esposende [pausa] é para cá é para cá do rio – do rio de Esposende. E Fão [pausa] é para lá de Esposende. Passa-se a ponte, e depois ali é que é Fão. – Olhe o mau tempo! – E nós íamos vender ali o peixe. Está a perceber? Porque ali não havia autoridades, nem sabiam [vocalização] donde é que vinha aquele peixe. Porque aqui era proibido. E nós íamos vender [pausa] às tais prainhas de Fão – chamamos nós –, às prainhas de Fão. Esse peixe, olhe, Jesus! Trazíamos trazíamos raias, trazíamos cações, trazí- Trazíamos raias, trazíamos cações, trazíamos [pausa] congros, trazíamos polvos, trazíamos fanecas, trazíamos [pausa] sorelo, trazíamos ro- os tais bêbedos!