INQ Como é que se chama essa parte do rio? Mo-, mota?
INF Cá a gente chamava-lhe as motas. Era a mota do rio.
INQ Mota do rio.
INF Era a mota do rio. Pronto.
INQ Mas era… Não, não percebo bem o que é essa mota.
INF Era: o rio é [vocalização] bem [vocalização], o rio era grande e tinha muitas árvores dum lado e doutro.
INQ Rhum-rhum.
INF Agora é cortado. Muitas árvores! Chamavam-lhe os os ou os os plaques, [pausa] e essas coisas assim.
INQ Sim. Sim.
INF Depois [vocalização] , e então tinha assim uma… Porque andávamos lá sempre a deitar urdidar, para cortar coisa, e a acartarem [vocalização]… Quando arrombavam as quebradas, acartavam [vocalização], o pessoal, numa cesta de o- – chamavam uma cesta de obra –, à cabeça,
INQ À cabeça.
INF para terra para tapar as quebradas.
INQ Pois.
INF E para para arranjar a mota para o não não arrebentar. Mas ele arrebentou umas [vocalização] umas poucas de vezes.
INQ Umas vezes.
INF Pois.
INQ Sim senhora.
INF E d- E depois então era então a mota. A gente até íamos para lá lavar, e estendíamos por lá a roupa por aquelas árvores, e por um lado, e por outro. Chamávamos-lhe então a mota do rio. É assim uma uma coisa que era mais alta que o rio. O rio é era mais baixo;
INQ Que o rio. Exacto.
INF e aquilo era mais altinho.
INQ Ah, estou a perceber.
INF Pois era.
INQ Sim senhora.