INF Há os gatos-toirões é que são assim.
INQ1 Que andam… São como os gatos mas são bravos?
INF Sim, sim, sim. São gatos-toirões.
INQ1
INQ2 Sim senhor.
INQ1 Ok. Então passo a outra.
INF Já Já me aqui veio um, estava eu aqui há pouco tempo, que, que [vocalização] que matou-me… Só duma vez matou-me nove galinhas.
INQ2 Oh!
INQ1 Pois.
INF Depois tínhamos aqui uma oliveira ainda – que a gente ainda cá estávamos há pouco, só cá tínhamos a casa –, e sentimos de noite [vocalização] as galinhas croquiarem, o meu marido levantou-se e chamou-me: "Ó Dulcina anda cá depressa, anda cá depressa, que ele está aqui em cima da oliveira"! Ainda foi sobre ele com uma forquilha. Mas se fosse com uma arma, apanhava-o, mas [vocalização] agora… Agora já desapareceram mais daqui.
INQ1 O que é que?… As galinhas a croquiar é o quê?
INF Coitadinhas, estavam com medo…
INQ1 Mas como é que é o barulho? Como é que é a voz, a croquiar? Não é a cantar, pois não?
INF Não, não. Elas a croquiarem é de aflição.
INQ1 Ah!
INF É de aflição. Mataram-me nove. E foi foi em vésperas de Páscoa. Pois. Ai, ele!… A nossa aflição quando vimos as minhas galinhas todas mortas!
INQ2 Pois.