INQ1 Olhe, e um peixe que, que, que anda assim junto ao fundo, junto ao fundo, que tem assim este formato. Anda assim junto ao fundo, tem um rabo e, às vezes até dizem que…
INF1 Isso é tainha?
INQ2 Não. A que dá choque…
INQ1 Não. Que tem… Que dá choque…
INF2 A gente, a gente chama-lhe uma tremelga.
INQ1 Pois.
INF2 E da base da tremelga rente ao fundo, anda o rato, anda a ucha [pausa] e é o género de peixes. [pausa]
INQ1 Pois.
INF2 Com a diferença: a tremelga é redonda,
INQ1 É assim, tem assim… A tremelga é assim…
INF2 assim com umas pintas,
INQ1 Pois, com umas pintas e uma…
INF2 e tem a carne morta que a gente chama… Ou a carne morta ou que seja a carne viva, [pausa]
INQ1 Pois.
INF2 que a gente vai-lhe mexer… Eu, não faz mal mexer nela, mas há quem não possa mexer. Dá um estremeço do corpo.
INQ2 Pois.
INF2 Pois. E temos o rato, que é uma espécie do mesmo peixe – não não é igual, sim, quer dizer, a mesma forma quando anda rente à borda de água –, com uma com uma serra no rabo. Que também é um peixe muito terrível. É o rato e a ucha.
INQ1 Pois. Olhe e não sei se…
INF1 O que o rato tem um é um pico, assim, também.
INQ2 A ucha também tem a serra no rabo, ou não?
INF2 Tem a serra no rabo. Uma serra com três quinas: para dentro enfia e para fora não pode-se tirar. Já tem sido um caso muito sério. A serra é assim do lado de trás. Enfia… A serra é assim. Vai enfiando. Indo para dentro, não se pode tirar. Aquilo é Uma picada daquilo é uma é uma desgraça.