CDR14

Cedros, excerto 14

LocalidadeCedros (Horta, Horta)
AssuntoO porco e a matança
Informante(s) Joana

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INQ E aqui nunca foi hábito de se meter a, a morcela também debaixo da, da gordura? Ou comia-se logo a seguir?

INF Ah, havia alguém que punha em gordura. Mas não, comia-se a morcela fresca. Até porque muita gente vendia muita morcela e que não ficava com muita morcela em casa. Mas comiam a morcela fresca, posta Porque conservavam-na no fumeiro.

INQ Rhum-rhum.

INF Ficava Quando a tiravam, conservavam-na ele ao la- naquele pau que penduravam a linguiça, tinham também os as morcelas penduradas. Mas que [vocalização] [pausa] o que ficava dentro da banha era o sarapatel.

INQ Era o sarapatel?

INF Era o sarapatel.

INQ Não dava nome nenhum àquele pau?

INF O pau da é o pau da da linguiça.

INQ Nunca chamaram baralha por aqui?

INF Não. Pau da linguiça que é co-. Eu tenho, por exemplo, um pau que sei ! eu lembro-me de ter um pau toda a minha vida, até talvez vinte cinco ou trinta anos. Depois ele partiu e [vocalização] e a partir daí tenho outra vez um pau com mais de vinte anos. É sempre o mesmo pau que se pendura a linguiça. Quando se tira a linguiça, arruma-se o pau para o outro ano ir buscar. É sempre no mesmo pau.


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