INQ1 Isto aqui como é que se chama, que eu não sei?
INF Isto aqui? É a rua.
INQ1 Não.
INQ2 É a rua?
INQ1 Está bem.
INF Pronto.
INQ2 E…
INF A rua da cozinha, a rua da sala – lá fora. An- Antigamente, quer dizer, já hoje em dia, há as salas, vem tudo para a cozinha, as salas não servem de nada. As cozinhas é que têm são [vocalização] bem amanhadas, não é como a minha, porque a minha é muito mal amanhada. Mas eu não me importo porque eu não tenho com que a amanhar melhor. Ela já está muito [vocalização] por pouco tempo.
INQ2 É muito bonita. Está óptima.
INF Mas, quer dizer, a gente diz: "É a rua da cozinha".
INQ2 Então e esta parte aqui assim à frente?
INF É a horta.
INQ2 A horta.
INF A horta de semear.
INQ2 Aqui não há nada a que chamem o aposento?
INF Pois, ele diz-se horta e diz-se aposento. Sei lá. "Aquilo tem aquele aposento; aquele tem [vocalização] outro aposento". Quer dizer, dizem horta e dizem aposento, quer dizer,
INQ2 Mas é ao pé de casa sempre?
INF dá dá tudo a mesma coisa. É.
INQ2 O aposento é sempre ao pé de casa?
INF É, sim senhora. Mais fora, é pasto ou é terra de lavrar ou…
INQ1 Rhum. Então e este aqui com milho?
INF Aqui isto é os currais dos porcos. Eram os currais dos porcos. Agora está em cerca de galinha, mas era… Quando a gente A gente acrescentou a casa para aqui.
INQ1 Rhum-rhum.
INF Porque acrescentámos o, a… Ali eu acrescentei e aqui a cozinha. Ela só tinha aquelas duas janelicas de lá. E a cozinha era para trás e a gente acrescentou-a. E então no tempo que acrescentámos, aproveitámos e fizemos os currais.
INQ2 Mas olhe lá, e aquele sítio onde ali, onde o porco se gu-, se metia à noite?
INF É o chiqueiro.
INQ1 E onde lhe punha a comida?
INF Aqui.
INQ1 Mas ia… Ia para dentro…
INQ2 Ai que giro!
INF Quando se fez ele o curral, fez-se aqui [vocalização] chama-se a pia.
INQ1 A pia.
INQ2 A pia.
INF De deitar comida. Agora as galinhas Está agora a [vocalização] servir as galinhas… Isto aqui também tinha uma pia.
INQ2 Ah!
INF Só que eu tive aqui uma cabra e [vocalização] e então esmigalhou-se a pia para a cabra entrar para dentro e para fora, para eu a ir botar a comer. E tapou-se a [vocalização], quer dizer… Pois era, porque o porco saía era por acolá. Um ano, a gente tínhamos um tanto gordo que foi preciso partir acolá uma nisca, que ele não cabia para ir para a outra banda, para se matar. Mas E aquilo chama-se o chiqueiro.
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 E ago-… Antes, isso era para o porco, era o curral, não era?
INF Era.
INQ1 E as galinhas?
INF As galinhas, costuma-se a dizer que é a cerca das galinhas. Mas eu, o que eu digo sempre é "o curral do porco", porque estou acostumada.
INQ2 Claro.
INF Mas, por exemplo, para quem não as tenha aqui, que faça uma coisa, diz: "É a cerca das galinhas".
INQ1 Olhe, e este bichinho que está aqui agora ao pé de mim?
INF É, é um z- É uma abelha.
INQ1 Pronto, diz lá.
INQ2 Mas antes disso quero saber uma coisa.
INF Sim.
INQ2 Como é que se chama a fêmea do porco?
INF É a porca.
INQ2 A porca.
INF Pois.
INQ2 E quando nasce um pequenino?
INF Quando nasce um pequenino, pois se nasce…
INQ2 Chama-se o quê?
INF Chama-se os porquinhos, porque são pequeninos.
INQ2 Pequeninos, quando acabam de nascer, são os porquinhos?
INF Sim. São os porquinhos, porque são deste tamanhico. Mas são [vocalização] têm, às vezes, a dezassete, e a e a dezoito, e a dezanove.
INQ2 Sim senhora.
INF Ainda [vocalização] há pouco tempo que nasceu ali em baixo, no Vale Frio, numa casa que tem ali, que nasceu dezoito porcos. Porcos e porcas. Quer dizer, aquilo tanto nasce dum nu- duns… Mas, em geral, vem mais porcas do que porcos. Não sei porque seja!