INQ O senhor Heraclides ia sempre atrás do trilho?
INF1 Ia sempre atrás e iam também uns poucos no trilho. Mas quando era duas juntas, eu tinha pouca chance de ir no trilho.
INQ Rhum-rhum.
INF1 Porque eu tinha que depois puxar o trilho quando ia a chegar ao pé dos outros bois, para eles não botarem os pés em cima do trilho. Podiam-no partir e [vocalização] .
INQ Porque os bois andavam assim sempre à volta?
INF1 Andavam. Mas aquilo, ali, primeiro, enquanto a palha estava muito gro- muito grada, [pausa] [vocalização] eles iam atrás uns dos outros [pausa]
INQ Rhum-rhum.
INF1 aí calhava bem.
INQ Rhum-rhum. Quando ia … tudo assim.
INF1 Mas Mas depois começavam a encruzar, aí é que eu não gostava!
INF2
INF1 Ele não Logo que eles não obedeciam, às vezes, o que vinha atender aos outros… Eu enquanto era rapaz, [vocalização] eles convidavam-me sempre… Logo que eu estava lá também!
INQ Rhum-rhum.
INF1 [vocalização] Convidavam-me para ir atender a uma junta deles.
INF2 Pois é, porque este ajeitava-se muito!
INF1 Quando era bois cá do meu pai, que eu já tinha trabalhado com eles, que eles sempre me obedeciam alguma coisa! Mas se era bois lá vontadeiros que não tinham educação, e [vocalização] e eu falava com eles era o mesmo que falar com uma pedra, que eles não obedeciam nada! E, [vocalização] às vezes, um outro rapaz que vinha [vocalização] atender à outra junta deles, não botava sentido! Homem, aquilo era uma chatice! E depois a gente para puxar também o trilho con- conforme dissemos agora, ele para fazer aquela gracinha aos que iam assentados, era preciso não ser na altura que íamos a passar por ao pé dos homens que estavam a mexer com os forcados.
INQ Rhum-rhum.
INF1 Que aí podia, sem eles quererem, ele pisarem algum forcado. Tinha que ser naqueles intervalos.
INQ Sim senhor.