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COV14

Covo, excerto 14

LocationCovo (Vale de Cambra, Aveiro)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Arquibaldo
SurveyALEPG
Survey year1992
Interviewer(s)Luísa Segura da Cruz Gabriela Vitorino
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INF É vida pobre e as senhoras compreende compreendem bem mas da terra é que vem tudo!

INQ1 Pois.

INQ2 Pois.

INF É ou não é?

INQ1 Claro.

INQ2 Então, se não fosse trabalharem na terra, não sei como seria.

INF Mas olhe que Vira-se tudo a estudar , a estudar e isto está mau. Olhe que o nosso governo vai dar o dinheiro fora [pausa] aonde se podia fazer .

INQ2 Claro.

INQ1 Exactamente.

INF Não acha?

INQ1 Sim senhor.

INQ2 Então, mas a quantidade de coisas que vêm de fora que se podiam fazer !

INF De fora! Para quê? Mas para quê? Pois se ! E dava na mesma!

INQ2 Então mas coisas que eles Eles mandam vir de fora coisas que se produzem e que eles, que os homens têm todos os anos!

INF E melhor que !

INQ2 Pois.

INQ1 Claro.

INF Olhe, suponhamos, o vinho, fruta, [vocalização] o leite

INQ2 Pois.

INF Então é o melhor!

INQ2 Claro!

INF é o melhor!

INQ1 Claro!

INF Mas ele o nosso governo [vocalização] não protege nada a agricultura.

INQ2 Pois não.

INQ1 Pois não.

INF E a agricultura está em baixo. Olhe, o lavrador [pausa] lembre-se duma coisa , o lavrador [vocalização], para meu entender é isto: está a fazer agora [pausa] para consumo dele.

INQ2 Pois, pois.

INF E quem é E ele têm tem que mandar vir de fora para manter o outro povo que não trabalha.

INQ2 Claro.

INF Que não trabalha na terra, não acha? E se ele protegesse a agricultura, na vez de vir de fora, gastava o de .

INQ2 Pois claro.

INQ1 Então, mas é evidente. Exactamente! Pois.

INF Ah! Eu acho! Então a gente criava Olhe , as farinhas [pausa] bem, que eu não compro; mas compro pouco , mas [vocalização] as farinhas se estivessem baratas, criava-se porcos, criava-se vacas, [pausa] criava-se vitelas.

INQ2 Claro.

INF Ora, aquilo que vendem é aquela carne que vem de fora e não é como a de ! Vem con- congelada, vem de fora, vem Quem sabe que carne é aquela!

INQ2 Claro.

INF Ele não sabe! Ele [pausa] eu fui a um uma boda, abaixo, [pausa] a [nome próprio]. E deram uma carne que ele achou-se tudo doente.

INQ2 Ah!

INQ1 Ah, veja !

INF Sabe? Tudo o que foi achou-se doente. Achou-se mal porque a carne Bem, eu até tirei um bocadito, ele, por acaso, eu não me achei mal, mas houve pessoas Eu quando vi aquela carne e fui a prová-la, disse: "Não, não. Eu não quero"! Comi um bacalhauzito, mas aquilo nem prestou!

INQ2 Pois.

INF E eu disse: "Ora, que é que vale uma pessoa vir para uma boda"?! Dá-lhe dez contos, ou [vocalização] sete ou oito contos [vocalização]

INQ2 Pois.

INF Que , usam! [pausa] Quando é assim uma boda, a gente hoje aos noivos, [vocalização] dá-lhe sete ou oito ou dez contos, ou quinze, ou [vocalização] o que calha.

INQ2 Pois, pois.

INF Ora bem, uma pessoa foi pagar um dinheirão e não comeu nada!

INQ2 Pois.

INF Pch, não presta para nada! Não presta para nada! E se a agricultura estivesse mais desenvolvida, os adubos A gente vai comprar os adubos caros, ah, a o que o que a gente vende! Então, uma vaca, a gente agora quer vender uma vaca, então e ele se ele não estiver registado, não a pode vender.


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