INQ1 Olhe, e não havia pessoas, por exemplo, que tinham em casa outras pessoas, outro casal, por exemplo, ou um homem que tomava conta das, das coisas da terra?
INF1 Ah pois era! Chama-se o… Suponhamos, é o dono da casa, é o patrão da casa, qualquer homem pessoa… Suponhamos aqui, eu sou o patrão de minha casa; mas agora já representa o meu filho o meu lugar. Porque de hoje a amanhã eu falho, e este já está.
INQ1 Sim.
INF1 Tanto é que as vacas, as minhas vacas agora já estão registadas no nome do meu filho.
INQ1 Pois.
INF1 Sabe porquê? Porque eu estou a receber a tença e eles não me davam o [vocalização] subsídio das vacas.
INQ1 Se o tivesse?
INF2 É [vocalização] verdade.
INF1 E assim pu-lo no meu filho, e o meu filho agora recebe a tença das vacas, sabe?
INQ1 Pois. Sim senhor.
INQ2 Pois.
INF1 Então olhe, ele como agora vai vir o maternário aí, vai, vai as minhas vacas vão ser registadas em nome do meu filho.
INQ1 Pois, pois.
INF1 E ele pergunta: "E então, mas o [vocalização] seu pai"? Virou para mim, eu disse: "Eu dei-as ao meu filho".
INQ1 Pois, pois.
INF1 Porque a minha idade já avança para isso.
INQ1 Claro.
INQ2 Pois claro.
INF1 Sabe? E é isso que a gente faz.
INQ1 Olhe, mas diga-me uma coisa: mas, por exemplo, se o senhor não tivesse filhos e tivesse muitas terras para tratar, podia ter um homem que lhe tratasse das terras.
INF1 Ah, pois podia! Chamava-se aquilo um caseiro.
INQ1 Um caseiro? Sim senhor. E, e esse caseiro onde é que vivia?
INF1 Podia viver numas casas minhas.
INQ1 Podia viver numas casas suas?
INF1 Pois. Ou, se tivesse, se fosse aqui do lugar, podia viver nas dele – fazer as minhas e viver nas dele. Isso era conforme.