INQ1 Olhe, mas não se dizia que as bruxas deitavam mau-olhado?
INF Hã?
INQ1 Que as pessoas deitavam mau-olhado? Parece que a criança tem mau-olhado?
INF Não sei. Eu bruxas nunca cheguei a ver. Risos
INQ1 Nunca se contou aqui histórias de bruxas, antigamente?
INF [vocalização] Pois, diziam que havia bruxas mas eu nunca as vi. Às vezes, com certas coisas, cheguei a dizer cheguei a dizer assim: "Vi-me numa bruxa", mas é com era com certos trabalhos.
INQ1 Pois.
INQ2 Rhum-rhum.
INF Que me custava!
INQ1 É isso.
INF E E depois dizia assim: "Parece que vi as bruxas"! Mas não as via, não nunca cheguei…
INQ1 Olhe, e nunca se falava no quebranto? – uma pessoa estar com quebranto.
INF Sim senhora.
INQ1 Como é que é?
INF O quebranto é uma pessoa – é uma criatura – , até pode querer bem a outra, e de olhar é um e de olhar para ela e dar-lhe quebranto.
INQ1 Ah!
INF Pois. [pausa]
INQ2 Olhe, e como é que…
INF Até Ele até me parece que lhe chamavam [pausa] um olhar – [pausa] a essa doença.
INQ1 Um olhar?
INF Às vezes até pessoas mesmo que queriam bem às outras…
INQ1 Pois, pois.
INF Por lhe quererem tão bem estavam encrentes – pessoas que que têm uma certa vista – e faziam-lhe mal.
INQ1 Sim senhor.