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CTL13

Castro Laboreiro, excerto 13

LocationCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Alarico Albertina
SurveyALEPG
Survey year1989
Interviewer(s)Manuela Barros Ferreira Ana Maria Martins
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 O senhor costuma ir à caça?

INF1 Não.

INF2 Não, não.

INQ Mas conhece esses animais que no monte?

INF1 Conheço. Conheço. Que ele aparece, às vezes, tal como o lobo.

INQ1 O que é que ? O que é que nos montes?

INF2 Olhe Quer ver? O lobo, [pausa] ainda para aí dois dias que ele ia com as ovelhinhas e apareceu. Ali, ali. Aqui pertinho ali, [pausa] do lado de donde donde estiveram comigo.

INQ2 Sim. Apareceu aqui, perto da vila?

INF1 Quer ver? Olhe

INF2 Apareceu-lhe a ele.

INF1 Foi o seguinte [pausa] Até foi uma sorte! Que a minha mulher [pausa] Fomos a Temos uma propriedade em cima; e costumamos ir levá-las , todos os quase todos os dias. E [vocalização] até quem lhe diga às vezes: "Ah, que tanta sorte e tal! Agora tu, ele qualquer dia o lobo vem e" Porque ele, enquanto tiver que matar, mata. [pausa] E se não podem sair os animais para fora, ele não é não é: chega e agarra um e foge. Mata sempre, [pausa] o lobo. E de maneira que nunca aconteceu nada. O Ao outro dia, na sexta-feira, era para ir à feira, mas eu estava um bocado [pausa] aborrecido. Eu digo assim: "Hoje não vou". [pausa] E [vocalização] E digo assim: "Agora, agora vou-te eu [pausa] vou eu soltar as ovelhas um bocadinho e e trago-as para baixo [pausa] para a casa". E mudei-as. Não foi ali na, no, no, no tal na tal propriedade; mas mudei-as para outra propriedade que temos ali à beira. Ora, eu nunca o vira ali. Cheguei , estava um bocado frio. E E havia ali lenha. Eu trago sempre fósforos. [pausa] Trago sempre Não fumo, mas trago sempre fósforos. Acendi o lume [pausa] e tinha um pauzinho, ali, comigo. [pausa] Com a samarra que está acolá, [pausa] às costas, e pus-me [pausa] à beira do lume. Havia um cepo um carvalho que cortara e fazia como uma mesinha. E depois, [pausa] sentei-me. Mas eu não estava bem e pus-me a . Pus-me a . E nisto, eu encostado assim ao pau e é como daqui ali, ali ao cabo da cozinha, pertinho , eu do caminho de fora, vvvuu [pausa] quase em cima duma ovelha da mais grande que temos. Eu digo-lhe: "Ai, ai, é, é?! Espera ". Imediatamente, para fora, outra vez.

INF2 Tornou .

INF1 Atravessou Ele vinha assim dum caminho, de ; e depois, nem foi para o caminho donde vinha, nem seguiu para a frente. E em cima uma estradinha que fizeram, que é para o, para onde para onde veio [vocalização] a água, agora aqui [pausa] para o para a povoação. E atravessou os dois sítios. E eu [pausa] puxei assim para fora; havia um [vocalização] cancelo, abri-o; e saí para fora e agarrei uma pedra na mão Não tinha mais nada. Eu não tinha mais nada ali. Se tivesse, [pausa] ele ele levava.

INF2 Olhe, e se tivesse, claro, era uma lin- uma grande sorte. Mas não tinha.

INF1 Mas não tinha. E de maneira que, quando eu fui, ia [pausa] em cima no cimo.

INQ1 Portanto, ele fugiu quando viu o senhor?

INF2 Fugiu, pois fugiu.

INF1 Gra Grande e magro. Pois fugiu.


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