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CTL24

Castro Laboreiro, excerto 24

LocationCastro Laboreiro (Melgaço, Viana do Castelo)
SubjectO lenhador e o forno de carvão
Informant(s) Albertina Alarico Alcina
SurveyALEPG
Survey year1989
Interviewer(s)Gabriela Vitorino Manuela Barros Ferreira
TranscriptionSandra Pereira
RevisionMaria Lobo
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 Então e E aquilo por cima como é que ficava? Ficava ao ao ar livre?

INF1 Ao ar livre. Era assim uma coisa redonda.

INF2 Ar livre. E não e depois não, não, depois Depois, quando era para o apagar, aterrava-se. Chamava-se aterrar. Deitava-se-lhe um bocado de terra.

INF1 Para que não ardesse assim Para que não ficasse assim

INF2 Para que não ardesse mais. Para que não estragasse. E depois, aquilo [pausa] parava o [vocalização] lume [pausa] e é que ficava o carvão bom.

INF1 Começava-se a apartar assim aquela

INF2 Mas, claro [vocalização], di- queria uma certa prática.

INF1 Tu [vocalização], no teu tempo não, filha; mas no nosso, qualquer fazia o saco de carvão ca não, ca não, ca ma- para matarmos a fome. Claro, tu tens razão de que tu no teu tempo, iam [pausa] certa gente que que não sabia fazer outra coisa. Mas, no nosso tempo, eu enchi-me de fazer sacos de carvão.

INF3 Era um desprezo ir para o carvão.

INF1 Era um desp- No vosso tempo, claro, se desprezava. Como agora, nenhuma pessoa se

INQ2 Mas, antigamente, cada, em cada localidade, cada pessoa sabia fazer tudo, não era?

INF1 Pois sabia, ca que que a obrigava a miséria.

INQ2 Desde o carvão até aos lençóis e até

INF1 [vocalização] Sim senhor, sim senhor. Obrigava a miséria. No teu tempo, tu tens razão, que não; mas no nosso, [pausa] fazíamos tudo.


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