INF E depois bate no rodízio.
INQ Sim senhor.
INF Mas agora o rodízio está estragado, não tem penas. Se o meu filho a não compuser, não se pode… – a mó não anda já.
INQ Mas a senhora não está a moer, agora?
INF Anda. Até já anda. Até gostava que o senhor lá fosse [pausa] para ver.
INQ Está bem. A gente, à ida para baixo, pode ver.
INF Podemos ver.
INQ Portanto, tem o rodízio e por baixo do rodízio, as penas?…
INF É as penas. E d-
INQ E as penas onde é que encaixam?
INF Na massa do rodízio.
INQ Sim senhor. E por b-…
INF Isso está estragado. Era, era… Quando não houvesse lá água na, é que era o senhor vir e ver bem a tudo como era.
INQ Pois, pois. E por baixo da massa, há uma ponta, uma pontinha de pedra que a senhora põe…
INF É. É o guilho.
INQ O guilho. E depois…
INF E depois enterra na rela.
INQ E a rela está enterrada aonde?
INF E a rela está segura no no arreiro.
INQ E depois do erreiro, na outra ponta, há um pau que vem para cima.
INF É É a agulha.
INQ É a agulha. E em cima, como é que regula essa agulha?
INF E em cima é a chamamos aquilo uma porca – onde se alevanta a mó, se se quer abaixar ou alevantar.
INQ É como se fosse uma espécie dum parafuso?
INF É. Sim.
INQ É isso?
INF É isso tudo.
INQ Sim senhor. E agora, por cima da maça do, do rodízio, como é que se chama aquele pauzinho mais estreito?
INF Por cima da maça do rodízio, é o [vocalização] o lobete.
INQ E depois, o lobete, encaixa uma peça em ferro?…
INF É. É a É a segurelha.
INQ Mas o, o…
INF Ai– Ainda está o veio.
INQ Sim senhor.
INF É o veio.
INQ E a segurelha…
INF É o veio. Sabes o que é, Aristófanes? Eu, eu, eu Eu explico aos meus filhos tudo isto, mas eles não ligam nada. Se não sendo este, eu já lhe digo, senhor, eles eles não ligam nada.
INQ Sim senhor.