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FIS13

Fiscal, excerto 13

LocalidadeFiscal (Amares, Braga)
AssuntoO linho, a lã e o tear
Informante(s) Crescência

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INQ Como é que se trabalhava o linho? Não sei se a senhora se recorda

INF Pois. O linho, quer-se dizer, leva muitas voltas. Levava muitas voltas, . Ora bem, por primeiro, começa-se por semear que é é, é [vocalização] semear um campo.

INQ Rhum-rhum.

INF Depois puxava, faz [vocalização] uma coisa como a erva da semente agora, que que se corta. Depois, quando estivesse vingado, era arrancado. Havia uma máquina, [vocalização] um ripanço chamava-lhe a gente um ripanço , de ripar, tirar a baganha. Depois o [vocalização] linho atava-se em feixes, metia-se debaixo da água, ia para nove dias. Ao fim, tirava-se, punha-se a corar, estendido [vocalização] no chão, secava e corava até Quando estivesse bem seco, era guardado. Depois ia para o engenho, um engenho de [vocalização] próprio, desses chamavam engenho de de moer aquilo e ficar em linho. Depois ficava em linho Depois era feito às manadas Depois era espadado Depois era assedado num ripanço [pausa] Depois [vocalização] de ser assedado, era fiado. A roca, o fuso, fiava-se. Depois [vocalização] fazia-se as meadas. Eram cozidas, iam ao forno. [pausa] Depois iam corar. Depois fazia-se em novelos e depois ia à tecelagem, ia para se tecer. Isto é, leva muita levava muita volta!

INQ Levava muita volta.

INF Muito trabalho!

INQ Rhum-rhum.

INF Depois vinha-se a Tecia-se. Do pano tecido, era outra vez muito bem escaldado com farinha ou cinza, e depois ia corar até que a gente entendesse que ele que estava [pausa] mais ou menos bem à vontade da gente: corado, ou mais trigueiro, ou mais [pausa] mais claro.

INQ Mais branco.


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