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GRC13

Covas, excerto 13

LocationCovas (Santa Cruz da Graciosa, Angra do Heroísmo)
SubjectNão aplicável
Informant(s) Flórido
SurveyALEPG
Survey year1979
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INQ Ah, e que nome é que dão a essas coisas onde tem o, o milho pendurado?

INF Aquilo é uma burra. A gente trata aquilo é uma burra.

INQ E, mas não havia umas que, que terminavam em bico?

INF Ah, havia muitas, em tempo! Mas deixaram de usar. [vocalização] Antigamente, no tempo que me eu criei, que eu ainda me lembra de não haver nada disto fora. Conhecia era tudo dentro nas casas. Mas os ratos, isso estragavam os milhos que era uma coisa de disparate. [vocalização] Aqui este Florindo que morreu anos, aqui em cima, o Florindo José, que morava aqui adiante , mandou vir para [pausa] parece-me que dois mestres de São Miguel. Vieram-lhe ali fazer Para fazer as tais pedras, até mandou vir os mestres de São Miguel, que aqui não havia quem fizesse. Que eu lhe fazia igual àquilo ou ainda melhor! Mas veio aqueles dois mestres de São Miguel para ali fazer essa burra. E eles começaram a ver aquilo E eu, quero eu dizer que nunca ia a lado nenhum acima. Aquilo é tudo cimentado, [vocalização] bem lisinho, ficava ali que nunca mais ia Quando foi estes daqui, começo a ver aquele teatro fora, amanhando para si. Estas pedras mesmo, que estão ali naquela burra, eu é que as fiz com a minha mão.

INQ Pois.

INF Aquilo não é letra embrulhada, que aquilo é para guarnecer. Qualquer uma falta que tenha, endireita-se com o cimento e pronto.


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