INQ1 Olhe, e estas, o senhor também disse que também havia ou que houve cá?
INF1 Isto não é… Não é a castanha?
INQ1 É.
INF1 É a castanha, é. É.
INQ1 Que vem dentro de quê?
INF1 Vem dentro do ouriço. Pois.
INQ1 Então e a árvore que dá?
INF1 É o castanheiro.
INQ1 E uma terra onde há muitos castanheiros?
INF1 É um castanhal. [pausa] Pois.
INQ1 Olhe, e aqui faz-se um… Não sei se é hábito fazer uma, uma, uma festa, onde se comem muitas castanhas?
INF1 Ah! Fazem uns magustos.
INQ2 Como se chama?
INF1 Magusto.
INQ2 E em que, é…
INF1 Toda a vida tenho chamado um magusto de castanhas; outros chamam uma assada de castanhas. "Vai fazer uma assada"!
INQ1 E em que altura do ano é que fazem isso?
INF1 É pelos Santos. [pausa] Pois. Dia de Todos os Santos de manhã, uma grande braseira no fogo…
INF2 É. Uma grande braseira.
INF1 Havia, nesse tempo, quando a gente estávamos na Pereira, tínhamos lá castanheiros. Aqui no Aqui o lavrador Cláudio que estava no pomar em Tomar era a mesma coisa. Às vezes, íamos ao bolinho, que a gente ainda ainda fomos moços de bolinho. Não sabe o que era andar ao bolinho?
INQ2 Pois.
INQ1 Não sei, não sei.
INQ2 Andar ao… Pão por Deus.
INQ1 Ai é o pão por Deus. Será?
INF1 Pois. É andar ao pão, bolinhos e que fazia … A malta fazia bolinhos, faziam brindeirinhos e faziam [pausa] bolinhos mesmo,
INQ1 Sim.
INF1 biscoitas.