INF Isto, [pausa] a gente, [pausa] a gente vai lidando com as coisas e vai aprendendo, vai tomando instrução, não é?
INQ1 Pois. É isso.
INF Pois, eu cá, assim uma série de coisas, pois eu não as conhecia, não é? Agora desde que lido aí com uma classe de pessoas que fizeram a vida disto, logo de miúdos, que vão aparecendo com isto e vão aparecendo com aquilo…
INQ1 Pois.
INF "Senhor Galeno, então já fez isto"? "Ainda não fiz"! Uma vez é à primeira.
INQ1 Rhum.
INF Que eu sou pessoa que não me importa.
INQ1 Pois.
INF Eu vou fazer aquilo que calha. – Põe aquela bicicleta à sombra! – [vocalização] Há pessoas que dizem assim: "Eu, ir fazer isto! [vocalização] Agora cá! Isso é que eu não vou fazer"! Eu, não senhor.
INQ1 Pois.
INF Vou experimentar.
INQ1 Pois claro.
INF Uma vez é à primeira. As pessoas não, [pausa] quase que recusam-se fazer qualquer coisa.
INQ1 Pois claro.
INF Mas eu cá, então lá por isso, não.
INQ1 Claro. Há gente que tem mesmo…
INF E depois sabe, eu é que não dou à conta. Vocês sabem, eu sou um empregado, não é?
INQ1 Pois, o senhor estava ali. Pois.
INF Eu sou um empregado. Faço nove horas de serviço. Venho de lá tenho as minhas hortas para tratar; os fins-de-semana tenho as minhas hortas para tratar.
INQ1 Rhum-rhum.
INF Mas então as pessoas têm precisão: "Ó senhor Galeno, preciso de limpar umas laranjeiras; preciso de cavar uma terra; preciso de de mudar umas flores duns vasos para os outros. Venha cá, homem"! "Eu não lhe posso ir lá hoje"! "Ah, então vá tal dia". Põem-me à vontade. E depois eu [pausa] trabalho sempre, não é?
INQ1 Pois claro.
INQ2 Custa-lhe também dizer que não.
INQ1 Pois.