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MST11

Monsanto, excerto 11

LocationMonsanto (Idanha-a-Nova, Castelo Branco)
SubjectO linho, a lã e o tear
Informant(s) Amália
SurveyALEPG
Survey year1980
Interviewer(s)Gabriela Vitorino João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationCatarina Magro
LemmatizationDiana Reis

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INQ1 Amanhã chove?

INF Ah, se chover chovera era melhor, mas ele não chove amanhã.

INQ2 Desde, desde aquela altura que esteve sempre o tear aqui, agora, é?

INF Tem estado sempre . O que é que o tear, quer dizer, está está armado, mas está mal. Entrou canalha para ali, e daí levaram deixaram levar [pausa] muitas coisas. E eu não fiz caso porque porque no outro dia armaram-no à uma, , estava não tinha idade de estar a tecer mais; [pausa] e, à outra, metiam-no a casa. Aqui é maior mas, dizi- não quis arrumar o tear.

INQ2 Então nunca mais teceu

INF Nunca mais teci.

INQ2 desde aquela altura.

INF Ainda Ainda vim a tecer umas coisas que [pausa] tinha. Ainda até [pausa] fiado no tear . Ia buscar uma meada nova e eles que viram que quando vinham pessoas gostavam de [vocalização] que estivesse assim o tear. A pontos que não sei ainda. Até um dia que mo mande mandem abaixo vou olhar para .

INQ2 Pois. E a senhora tecia mais em linho ou

INF Eu tecia naquilo que calhava. [pausa] Eu primeiro comecei a tecer em linho. [vocalização] Depois o linho deu-se em acabar [pausa] e comecei a tecer [vocalização] em algodão. Algodão e [vocalização] linho. Algodão e linho. A gente comprava o algodão para aumentar. Está a ver que ainda tem uma amostra.

INQ2 Claro

INF Porque Do que eu tecia. [vocalização] E depois mantas, farrapos, [pausa] algodão.


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