MST40

Monsanto, excerto 40

LocalidadeMonsanto (Idanha-a-Nova, Castelo Branco)
AssuntoA agricultura
Informante(s) Ambrósio

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INQ Mas pagavam o quê? Quando era, quando a semente estava boa, pagavam o quê?

INF Pagava aquilo que a gente tratava. Eles depois, quando [vocalização] quando arrendavam a terra [vocalização] a terra a uma pessoa, dizi- diziam logo: "Você há-de-me dar tantos alqueires". "Há-de-me dar tantos alqueires". Bom, a gente ia, semeava a semeava a terra. Vinha a colheita. Se a semente está boa, a gente ia e levava-lhe aqueles alqueires que tínhamos tratado. Se a semente estava reles ruim, é como digo: "Ó Senhor de tal, olhe que a semente não prestava" ou assim "veja se me perdoava alguma coisa". " vindes vós com o perdoar. Olha , ficarás mal, traz-me tantos alqueires". Bom, tirava às vezes [pausa] dois alqueiritos do que a gente tinha tratado.

INQ Pois. Olhe, e quando faziam o trato, como é que Havia alguma Como é que era?

INF Não havia. Quando a gente fazia o trato: "Bom, a terra é tua, mas dás-me dás-me tantos alqueires". Mas era aquele ano. Para o outro ano, se se tornava a fazer, fazia fazia-se. Se não tornava a fazer, não fazia. M- Bom, mas aquele ano tinha que pagar a renda. Se não pagava a renda, não a tornava a fazer. E não lhe podia dar nada ao senhorio. Mas ele depois a terra nunca mais Nem me arrendava aquela nem mais nenhuma .

INQ Pois.

INF Sempre tinha que fazer o contra-. Ou pouco ou muito, sempre tinha que fazer contas com ele.


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