INQ Olhe, e para aquecer o forno, como é?
INF Ai, tem que se meter lenha [pausa] dentro.
INQ Que lenha é que usa?
INF É urgueiras, ou giestas, [pausa] para dentro. E depois [vocalização], de vez em quando, vai-se com o ranhão – chamam-lhe o ranhão – mexer o forno [pausa] e e, e ranha-se o forno. E bota-se as brasas para um lado, que é dá para meter lenha para outro lado. Depois quando ele [pausa] está quente, a gente vai, faz um basculho de giesta, apertado com com as vergas [pausa] de giesta. Depois mete-se assim num pau. Depois a gente vai – às vezes, punha assim [vocalização] uns uns farrapos assim nos braços, porque a gente queimava-se. E [vocalização] ainda tenho aqui cicatrizes das queimadelas.
INQ Pois tem.
INF Oh! Ia, varria, varria bem varrido. Depois, aquele bo-, aquele aquele [vocalização] [pausa] borralho, punha-o cá para a frente do forno. Quando acabasse de meter o pão ao forno, ia com o ranhão, botava assim para a frente do forno para pôr cor ao pão. Pu-, se ain- Se ain- o pão n- não tiver cor, não se podia pôr a porta. Depois que visse o pãozinho já com cor, fechava-se a porta, enquanto não estivesse [pausa] cozido. Depois, se estivesse cozido, a gente abria a porta, ia com a gancha, mexia-o dum lado para o outro, para não estar em cima d- sempre daquele lugar. Porque havia lugares, que havia que ele já estava [pausa] já [pausa] passado, havia lugares que estava quente e a gente mudava para lá. Depois tirava-se, pronto.