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Madalena, excerto 34

LocalidadeMadalena (Madalena, Horta)
AssuntoOs barcos e a pesca
Informante(s) Booz

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INF A gente aqui vários rapazes também que têm o [vocalização] que têm o cofre. Conhece o cofre?

INQ Sei como é.

INF A gente apanha

INQ É assim, não é?

INF Não.

INQ Redondo.

INF É redondo. Redondo sobre o comprido.

INQ Redondo em cima? Pois, mas que faz assim, tem três arcos, não é, ou quatro?

INF Tem três arcos, em redondo, ou quatro ou cinco.

INQ Pois.

INF E é ali todo fechado. E tem as duas bocas que é metidas para dentro, uma em cada cada ponta. E é com umas canas a para segurar aquilo esticado, [vocalização] o diabo do [pausa]

INQ Do cofre.

INF do cofre esticado. E é iscado. As grelhas, que é umas grelhas que tem, que é [vocalização] como uma re- como uma rede, como uma rede de, de de arame, a gente bota a isca ali dentro por causa do de o peixe não comer. Porque antigamente punha-se o peixe, assim amarrado pela cabeça e pelo rabo, preso dentro do cofre. Mas às vezes entrava a moreia dentro, ou coisa, e, e levava e levava a isca. Assim, a gente inventámos inventaram as tales grelhas, botam a isca dentro e a moreia quer comer mas não não pode comer. E [vocalização] E a gente também faz é isso. A gente, uns usam umas bóias Cada cofre Mas aqui cada cofre tem uma bóia. A gente não Chama-se tralhas. Porque quando é assim, às vezes, dez ou doze ligados uma à outra, que é depois botam uma p- uma bóia numa ponta, uma bóia na outra. E a gente aqui não. A gente aqui, bota aqui um cofre conhece-se mais ou menos a pedra e bota aqui um cofre , bota ali outro, e todos os cofres têm a sua bóia. Mas cada qual [pausa] da sua cor, com a marca que a gente s- que a gente sabe.

INQ Com a marca do pescador.


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