INQ1 Portanto isto eram, aqui era uma levada, era?
INF1 Era levadas.
INQ1 E que vinham de aonde?
INF1 Vinha dos matos desde lá de cima.
INF2
INF1 Vem daqueles picos [pausa] a água ter aqui. Tem uma levada assim por aí fora e [vocalização] vai-se sempre metendo água dentro, naqueles ribeiros, tapa-se .
INQ1 Mas não havia uma nascente, não havia nascente, lá?
INF1 Não, aquilo vem; isto não é água de nascente. Isto é água que, quando chove, obedece às levadas .
INQ1 Era só de, de, de… Mas, mas não há nascentes cá na ilha?
INF1 Há [vocalização] nascentes mas é umas coisas só para se beber ou [vocalização] . [vocalização] Não há nascentes de [vocalização] de encher poços.
INQ2 De grande quantidade de água, não?
INF1 Não há.
INQ1 Olhe e nunca cá se fez daqueles poços de furo, para ver se havia água?
INF1 Então não fizeram?
INQ1 E não há?
INF1 Aqui [vocalização], eles andaram fazendo e deram com água.
INQ1 Então, e para onde é que foi essa água?
INF1 Mas essa água é dum senhor de [vocalização] de Lisboa. Veio aqui umas, umas umas máquinas por conta de do governo ; [pausa] veio e andaram aí a experimentar a água. Mas depois condenaram a água, que a água diz que era muito salgada. [pausa] Condenaram, a água. [pausa] Bom, agora veio um senhor – que ele não sei bem o nome dele –, [pausa] já tem aí uma casa no Porto Santo. É um homem, um senhor muito rico, tem um bocadi- um bocadinho de fazenda e agora [vocalização] tem andado aí a explorar a água. Foi o que ficou lá em baixo com o [pausa] Novo Mundo. [pausa] O hotel, o Novo Mundo.
INQ1 Ah, sim, sim.
INF1 Ele ficou com o hotel Novo Mundo. E agora, ele está explorando esta água, que é para juntá-la toda e levá-la para lá.
INQ1 Pois é. Mas isso faz cá falta é aqui para estes sítios, não é?
INF1 Não faz falta que ela estava perdida. Se um dia ele não aproveitasse, a gente não sabia, eles não sabiam dela.