INF Nós aqui usávamos por cima do carro dos bois uma dorna, e e ainda se ainda se levavam… Em sítios onde o caminho era bom, ainda levavam um [vocalização] uns canastrões, destes canastrões, destes cestos de madeira, que ainda traziam quatro, dois de trás e dois diante da dorna, por cima do do tiro do carro – do chedeiro do carro.
INQ1 Rhum-rhum. Pronto. Mas…
INQ2 E depois quando chegavam à, à loja o que é que faziam?
INF Era [vocalização]: botavam-se para dentro da dorna e [vocalização] esmagar. Agora já é tudo… Em primeiro eram pisados com os pés; agora já é tudo com…
INQ1 Mas diga-me pelo antigo: quando era pisados com os pés, onde é que se punham os cachos todos?
INF Era para dentro da dorna e era tudo metido lá.
INQ1 Ah, não havia nada assim de cimento nem de pedra, feito? Era mesmo em dentro?… Portanto, havia uma dorna…
INF Não, não. Portanto, enchi- enchia-se uma, botava-se para dentro de outra. Tinham várias dornas. Ele [vocalização] quem tinha um rebanho deles tinha uma, duas, três, quatro, conforme as que lá eram precisas.
INQ1 A pessoa ia para dentro… As pessoas iam para dentro das dornas e com os pés é que?…
INF Iam para dentro… Pisavam até assim perto do meio, [vocalização] com a e depois esmagavam cá fora dentro dum dum outro tareco, e botavam para dentro da dorna até encher. Em enchendo aquele, botava-se para outro.
INQ1 E ficava lá dentro aquilo já esmagado?
INF Isso ficava lá dentro até fermentar; e em fermentando,
INQ1 O que é que se fazia?
INF tirava-se o vinho, e fa- e fazia-se a aguardente bagaceira.