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STA32

Santo André, excerto 32

LocationSanto André (Montalegre, Vila Real)
SubjectA família e as relações de parentesco
Informant(s) Hortense
SurveyALEPG
Survey year1984
Interviewer(s)João Saramago
TranscriptionSandra Pereira
RevisionAna Maria Martins
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INQ Para saber quem é que quer uma coisa ou outra, quem é que faz o, os?

INF Ah, tem que se partir. Quer dizer, nós, o meu pai ainda nos partiu antes de morrer.

INQ Pois.

INF Partiu, e todos os filhos as fizemos as nossas partilhas, as nossas sortes. Botámos esta leira para aqui, esta para aqui é o Lameiro, para ali é Couve, para ali Tu- Ao fim vimos se realmente estava tudo bem. Depois tirámos os números, tirámos uma folhinhas: "É o número tantos"! "Esta é o número tantos"! Pronto, cada um ficou com o que lhe tocou. Mas tanto leva o mais velho como o mais novo!

INQ Pois.

INF Aqui não diferença donde está.

INQ Portanto, normalmente é o, o pai é que faz essa divisão primeiro, a partilha?

INF Quando quer. quem faça assim porque muitos estão, se calhar, fora e deixam os trabalhos, os terrenos deles de poulo e quem está aqui a trabalhar trabalha-os. E depois, se calhar, recebe os de poulo e fica com os trabalhados o outro. Isso é para não se revoltarem depois, para um não receber o bom e outro receber o ruim. Então parte-se e depois o que o quer trabalhar trabalha; o que o não quer trabalhar deixa. Mas [vocalização] muita gente parte ao o pai morrer.

INQ Ah!

INF Depois de o pai morrer, partem: a metade é para a mãe e a metade é para os filhos. Depois, todos unidos, fazem as partilhas e s- e [vocalização] vão às sortes.


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