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VPC37

Vila Pouca do Campo, excerto 37

LocalidadeVila Pouca do Campo (Coimbra, Coimbra)
AssuntoAs aves de capoeira
Informante(s) Dulcina

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INF os gatos-toirões é que são assim.

INQ1 Que andam São como os gatos mas são bravos?

INF Sim, sim, sim. São gatos-toirões.

INQ1

INQ2 Sim senhor.

INQ1 Ok. Então passo a outra.

INF me aqui veio um, estava eu aqui pouco tempo, que, que [vocalização] que matou-me duma vez matou-me nove galinhas.

INQ2 Oh!

INQ1 Pois.

INF Depois tínhamos aqui uma oliveira ainda que a gente ainda estávamos pouco, tínhamos a casa , e sentimos de noite [vocalização] as galinhas croquiarem, o meu marido levantou-se e chamou-me: "Ó Dulcina anda depressa, anda depressa, que ele está aqui em cima da oliveira"! Ainda foi sobre ele com uma forquilha. Mas se fosse com uma arma, apanhava-o, mas [vocalização] agora Agora desapareceram mais daqui.

INQ1 O que é que? As galinhas a croquiar é o quê?

INF Coitadinhas, estavam com medo

INQ1 Mas como é que é o barulho? Como é que é a voz, a croquiar? Não é a cantar, pois não?

INF Não, não. Elas a croquiarem é de aflição.

INQ1 Ah!

INF É de aflição. Mataram-me nove. E foi foi em vésperas de Páscoa. Pois. Ai, ele! A nossa aflição quando vimos as minhas galinhas todas mortas!

INQ2 Pois.


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