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VPC37

Vila Pouca do Campo, excerto 37

LocationVila Pouca do Campo (Coimbra, Coimbra)
SubjectAs aves de capoeira
Informant(s) Dulcina
SurveyALEPG
Survey year1997
Interviewer(s)João Saramago Luísa Segura da Cruz
TranscriptionSandra Pereira
RevisionErnestina Carrilho
POS annotationSandra Pereira
Syntactic annotationMélanie Pereira
LemmatizationDiana Reis

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INF os gatos-toirões é que são assim.

INQ1 Que andam São como os gatos mas são bravos?

INF Sim, sim, sim. São gatos-toirões.

INQ1

INQ2 Sim senhor.

INQ1 Ok. Então passo a outra.

INF me aqui veio um, estava eu aqui pouco tempo, que, que [vocalização] que matou-me duma vez matou-me nove galinhas.

INQ2 Oh!

INQ1 Pois.

INF Depois tínhamos aqui uma oliveira ainda que a gente ainda estávamos pouco, tínhamos a casa , e sentimos de noite [vocalização] as galinhas croquiarem, o meu marido levantou-se e chamou-me: "Ó Dulcina anda depressa, anda depressa, que ele está aqui em cima da oliveira"! Ainda foi sobre ele com uma forquilha. Mas se fosse com uma arma, apanhava-o, mas [vocalização] agora Agora desapareceram mais daqui.

INQ1 O que é que? As galinhas a croquiar é o quê?

INF Coitadinhas, estavam com medo

INQ1 Mas como é que é o barulho? Como é que é a voz, a croquiar? Não é a cantar, pois não?

INF Não, não. Elas a croquiarem é de aflição.

INQ1 Ah!

INF É de aflição. Mataram-me nove. E foi foi em vésperas de Páscoa. Pois. Ai, ele! A nossa aflição quando vimos as minhas galinhas todas mortas!

INQ2 Pois.


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