INF E depois havia um irmão meu que está no Brasil – que é o Arsénio –, que é o mais novo. Ele é muito judeu! E eu, tínhamos matado os porcos e eu até estava a desmanchá-los. Queria-os desmanchar. E ele entra [vocalização] ao pé de mim e diz: "Ó rapaz, onde é que está o pissão do porco"? Que era uma que é aqui de Tabaçó, chamada a Bebiana, que andava a pedir. Digo assim: "Está ali. Que é que queres"? "Deixa ver". E o sacana – porque aquilo tem aquela verga comprida –,
INQ1 Pois.
INF e o sacana vai, e agarra, e embrulhou-o, e meteu aquilo por baixo, e ela a pedir à porta, e ele agarrou: "Pega lá! Pega lá! Leva! Pega lá"! A mulher foi a pegar e aquilo caiu-lhe por entre as mãos abaixo, aquela verga para baixo! Oh filha! O ladrão deu em rir-se e eu também me ri! Mas disse: "Olha que é pecado, rapaz. Não faças isso". É verdade, ele fez aquelas coisas àquela mulher, a gozar. E aquilo é para brincadeiras.
INQ1 Claro.
INQ2 Pois.
INF E outras vezes, a gente bota aquilo aos cães ou [vocalização] aos gatos ou bota aquilo.
INQ1 Pois, pois.
INQ2 Pois.
INQ1 Claro.
INF Mas isso não é pa- não é aproveitado.
INQ1 Olhe, e aquela parte onde está a urina do porco?
INF É a bexi- chamado aquilo a bexiga.
INQ1 E para que é que?… Usava-se isso para alguma coisa?
INF [vocalização] Usa. A gente, suponhamos, uma vaca, é preciso tomar umas lavações. Suponhamos: a vaca tem uma bota a cria antes do tempo –
INQ2 Rhum-rhum.
INQ1 Sim.
INF sabe? – e depois o o maternário ou o alvei- – a gente cá tem um que chama aqui o alveitar – vem [vocalização] despejá-la. Porque, às vezes, ela não apanhe e tal e coisa….
INQ1 Pois, pois, pois.
INQ2 Já sei.
INF É des- Chamam despejá-la. E depois aquilo é preciso dar-lhe umas lavações. E aquelas bexigas são aproveitadas para aquilo. Põe-se-lhe uma cana, põe-se uma cana na frente, e depois aperta-se e aquilo dá as lavações para lavar o animal dentro dela.
INQ1 Ah, sim, sim, sim.