INF Uma vez fui buscar um cântaro de água. Já há anos! Iam os rapazes para Moçambique. [pausa] Estavam os rapazes em Moçambique e eu fui buscar um cântaro de água, e eles andavam à azeitona – foi neste tempo –, andavam à azeitona ali ao pé da estrada. [pausa] Andava ali uma rapariga moça, do baldio. [pausa] Diz-me ela aqui assim: "Ó tio Hermes faça-me lá um verso"! "Ah, então que verso hei-de eu fazer"? "Olhe, tenho o rapaz em Moçambique". [pausa] Era o namorado. "Tenho o rapaz em Moçambique". Digo-lhe eu aqui assim: "Toda a moça que namora um rapaz em Moçambique, vamos ver se ainda chora o dia que ele a pique". Ela estava de pé a olhar para mim, ag- agachou-se logo a apanhar azeitona e depois levantou-se a rir. Risos Pois. Coisas que nunca esquecem! E atrás dessa tenho tenho centos delas!