INF O vime é [vocalização] é cortado na Primavera. [vocalização] O que quer o vi-, o [vocalização] fazer o [vocalização] o cesto branco, [pausa] planta o vime quando quando é cortado, e quando é para diante, em Julho, por exemplo, o vime cobriu-se de folha e [vocalização] e larga a casca. A gente descasca o vime; depois então faz-se então o cesto, ou a sebe, ou lá o que é o que se precisa. E o que não quer… O que quer o cesto preto corta e e faz quando ele co- começa a secar. Porque fazendo o cesto com ele verde, [pausa] nunca o cesto fica bom. Porque [vocalização] o vi- o vime está verde, quando vem o cesto a secar, o cesto fica molencão, não se aguenta. Ne- Nem se pode acalcar bem. E Mas ele o bom do vime preto – agora já n- já não há disso – era: as casas, muitas não tinham chaminé, era um um fumeiro, como a gente lhe chamava. Eram agora: como é da chaminé para lá não tinha não tinha sobrado por cima.
INQ Sim.
INF Ficava tudo aberto até acima. O fumo da cozinha saía para cima. E E o vime, o vime era cortado e [vocalização] e deitava-se ao fumo. Estava no fumo até para diante, Agosto, Setembro. Quando era nesse tempo [pausa] deitava-se na água salgada. Ele estava três semanas na água salgada. E [vocalização] E fazia-se então ou ou a sebe, ou o cesto, ou o co- ou o que se precisava e o que o vime dava. Eram então melhores do que estes que se fazem agora verdes.
INQ Rhum-rhum.
INF O [vocalização] vime era bom de trabalhar e o cesto era mais resistente, aguentava mais tempo. Estes ele dá dá-lhe caruncho. Mas ele já não há fumo. [pausa] O [vocalização] E também já não se precisa de cestos. Já Já não se usa estrume, nem nem se tem milho. Para que eles querem cestos e sebes?! [pausa] É bem boa vida!