INF1 [vocalização] Nalgumas freguesias já não penduram e não se abre – Não sabe? – o porco. [pausa] Mas, quando o porco é mui gordo, a gente gosta de lhe ver o toucinho e [vocalização] tem três paus que põe ao alto. Ainda o meu há-de ter os três paus ali…
INF2 Com um bocado de corda prende pelo focinho e amarra-se aqui em cima e os paus são assim esgalhados em baixo.
INF1 E então, por trás do porco, por cima da suã do porco, lascam-no de cima a baixo, que é para se ver o toucinho.
INQ1 Espere mas ele fica de cabeça para cima ou para baixo?
INQ2 Deixa ouvir.
INF1 É com a cabeça para cima. É pendurado pelos queixos.
INQ1 Que enfiam naqueles paus.
INF2 Pelo lombo abaixo.
INF1 Que enfiam naqueles três paus que estão para o ar. Aqui na Fajãzinha, muitos fazem assim. Agora, noutros lugares, eles já não o penduram. [vocalização] Retalham mesmo logo em cima da mesa, após lhe tirarem as tripas e ele estar lavadinho. Eles [vocalização] tiram-lhe as tripas mesmo sobre a mesa. [vocalização] Quer dizer, ab- [vocalização] retalham mesmo sobre a mesa.
INQ2 Mas senão, penduram-no.
INF1 Senão…
INQ2 E depois, aquela coisa para ver a, a gordura do porco, a altura da?…
INF1 A al- A altura do [vocalização] do toucinho. É. Porque – a senhora sabe? – antigamente havia mais porcos com mais toucinho do que não há hoje. Hoje já não há qualidade de porco que tenha muito toucinho. Têm mais carne do que não têm toucinho.
INF2 Hoje é de carne.