INF1 [vocalização] Eu sei o nome destas flores, mas eu sei não sei o nome o nome da á- da coisa, da planta. É.
INQ Rhum-rhum.
INF1 Pois não. Isto Isto é uma coisa que alastra muito [pausa] no chão,
INQ2 É, sim senhora.
INQ1 Pois.
INF1 esta, esta esta erva. Alastra muito. Como é que chamam a isso? Eu, eu sa- Eu sabia o nome disto. Hoje, agora de repente, não me lembra o nome disto, mas quando vier, calhando para amanhã ou depois, [pausa]
INQ2 Já se lembra.
INQ1 Já se lembra.
INF1 ponho, ponho deito-me e fico pensando naquilo e lembro-me: a flor é, a flor é é…
INQ2 Agarra e telefona para Lisboa a dizer.
INF1 A erva é esta. Pois. [pausa] É [vocalização] daquelas ervas – pois é –, aquelas que aparecem ali no no coiso . E tu vês também, vê lá se te lembras lá do nome dela.
INQ2 Deixe-me lá mostrar.
INF1 Não te lembras?
INF2 Olha, não.
INQ2 Veja lá se se lembra do nome dessa. Nasce aí nos matos também.
INF1 Pois, nasce nos matos, nasce aí n- no terreno limpo, aí assim, está ali, que eu não me lembra o nome disso. Eu sempre sei o nome dela mas não não sei bem o nome dela.
INQ1 Pois.
INF1 Pois.
INQ2 É da flor…
INF2 Isto Isto é também pampoila, não é?
INQ2 É a pampoila?
INF1 Pois, é. É da É daquelas ervas largas, grandes, que há no chão, que alastram muito.
INF2 É também pampoila mas é também do mato.
INQ2 Pois é.
INF1 Então…
INQ2 É. Mas esse mato tem um nome.
INF1 Tem um nome, tem. Ele Eu é que não me lembra o nome, pronto.
INF2 É sargacinha sargocina? Não é…
INF1 Não.
INQ2 Talvez, não?
INF1 Não é sargacinha sargocina, não é.
INQ2 Sargocina?
INF1 Ah! Deixe lá ver.
INQ2 Vem aqui outra vez ao especialista. Veja lá se é sargocina. Eu, por acaso, acho que já ouvi chamar sargocina a isso.
INF2 Isso não parece bem, parece… [pausa] O mato parece, agora a [vocalização] flor.
INF1 Olhe Olhe, isto é, é, é isto é a sargocina.
INQ2 Pronto.
INF1 É a sargocina.
INQ1 Não tem número? Não.
INF1 É.
INQ2 É a cor-de-rosa.
INF2 O mato, o mato parece, agora agora a flor é que é um bocadinho diferente!
INF1 Isto é, isto é Isto é a sargocina.
INF2 Vou-me lá calar.
INF1 Pois, é que a sargocina, a sargocina, a sar- a sargocina dá uma florinha, dá…
INQ2 Pode falar.
INF1 Dá esta florinha assim. É sargocina, é. Cria aquelas aquelas coisas. [pausa] Até aquilo A gente até quando quando a gente éramos mais novos, sabe o que é que a gente fazia? Fazíamos disto?
INQ1 Diga.
INF1 Fazíamos tabaco para fumar.
INQ1 Ah!
INQ2 De quê? Da, da folha?
INF1 Da Da sargocina. [pausa] Pois.
INQ2 Que engraçado!
INF1 Sim senhora. [pausa] Isto cria estas fo-, esta esta rama por baixo, a rama estava seca, a gente pegava ali, fazíamos assim, esmigalhávamo-la muito bem, enrolávamos numa folha de papel e toca a fumar aquilo.
INQ2 E era bom? Sabia bem?
INF1 Era bom!
INQ1 Sabia?
INF1 Pronto, era sargocina.