INF1 Nas Carcelas dava disso! Há ainda nos matos – ele nos matos que a gente deitavam as as vacas! Eram as alfeiras, sabe?
INF2 Mas custa-se a ver. Agora, custa-se a encontrar.
INF1 Ele custa sempre a p- encontrar já disso. Porque, [vocalização] a gente, já está tudo arroteado aí dentro.
INQ1 Mas não é essa, senhor Amílcar, pois não?
INF1 Não senhor! Isto parece-me que é fava da terra, [pausa] que é a que dá nos muros.
INF2
INQ1 É. Dá nos muros?
INF1 Isso é fava fava da terra. Que o Anaxímenes aqui para trás
INF2 Tudo isto é [vocalização] fava. [pausa] Exactamente.
INF1 É, mas isso é o que dá nos muros. Isso é fava da terra que o Anaxímenes foi buscar isso para fazer um chá para as vacas.
INQ2 Fava da terra, portanto, é a nossa…
INQ1 Cento e vinte e dois?
INF1 Ao quintal do Cássio.
INQ1 Cento e vinte e dois.
INF1 Fava da terra.
INQ2 E então a erva-ferra que o senhor falou?…
INF1 A erva-ferro Há a erva-ferro.
INF2
INQ2 O que é erva-ferra?
INF3 É parecido com essa que está aqui, mas não é. Isso é uma outra erva.
INF1 É uma erva…
INQ2 É parecida com a fava do mato?
INQ3 É fava da terra. É fava da terra, da terra, da terra.
INF1 É… É uma erva rasteira. É também erva rasteira. A gente [vocalização], quando havia uma lata de leite que derramava, a gente pegava num bocadinho de erva-ferro que dá na nos matos [vocalização], ele era ao pé das canadas, donde passava [vocalização] os animais…
INF2 Já se custa a encontrar mas aparece.
INF1 Ele [vocalização] a gente pegavam num bocadinho de erva dele e espremiam-lha assim. Deitavam naquele buraco e [vocalização] soldava a lata. Soldava por uns tempos. Não derramava mais.
INQ2 Ah! Pois, pois, pois.
INF2 Ou [vocalização] …
INF1 Quando lavavam já se sabe que aquilo tirava.
INF2 Ou mesmo com cola que a gente fazia, [pausa] aquilo encharcava-se.
INF1 Mas a gente já sabiam que aquele lado estava [pausa] estava roto, não é, e deitavam-lhe um bocadinho daquilo e aquilo era como uma cola, pegava ali. Isso é a erva-ferro.