INF Quer dizer, ou, ou vou, ou vou ou vou para a mata fazer uma roça…
INQ1 E diz-me o quê? Eu não conheço essa.
INQ2 Sem ser por "fazer".
INF Pois.
INQ2 Não pode dizer: "Vou roçar"?
INF Pois. "Vou roçar", não. "Vou fazer uma roça".
INQ2 Não diz: "Vou roçar"?
INF Por- Porque a gente [vocalização] diz também: "Vou roçar". E o outro pode dizer assim, a outra pessoa pode dizer assim: "Então vai roçar o quê"? Porque roçar há de muitas maneiras: há roçar a erva, há roçar o mato, há roçar uma mata de de pinho [vocalização] que que está muito basta – não é assim? – que pode ser aliviada, e é por essa a razão. E assim, uma roça já sabe que é só mato [pausa] completamente bravo, mato que não produz. E se for para uma roça, como a gente tem este coiso, já pode ser uma mata que que costuma-se [vocalização] a plantar a mata semeada de almástica, [pausa] mata de eucalipto, de pinheiro, do sobro, da cortiça. E dá o caso a gente ver que é demais,o patrão vê que é demais, para não estar a gastar mais ordenados, semeia ao moitão. E depois faz o seguinte: aquilo é marcado com umas canas, ou sejam uns paus tanchados mais altos com m- com coisas, depois vai o, vai o diz diz para o para aquela pessoa: "Olhe, está a ver? Pegas nesta nesta fouce" – chama-lhe a gente uma fouce, [vocalização] ou uma gadanha, com um cabo –, "olha, agora vais gadanhando isto" – quando está mais ou menos desta altura –, "vais gadanhando e vais deixando um aqui, outro aqui e outro aqui". Quer dizer, aquilo depois é puxado, é posto em moitão, aquilo secou. [pausa] Depois de secar, eles chegam, passou-se-lhe com uma máquina por cima e aquilo estra- estrançou. Se não querem assim, o que é que faz? Quando aquilo está seco, puxa-se para um lar onde o lume não chegue, dá-se-lhe fogo, e aquela cinza é espalhada para o pé da da planta. E a terra é cavada, novamente afofada, [pausa] para a planta avivar.