INQ1 Olhe, faz de conta que lhe foge um enxame e vai para uma terra que não é sua.
INF Eu lá já não vou por ele.
INQ1 Não vai por ele?
INF Pois não. [pausa] Vai o dono da terra.
INQ1 Ai é? E mas, e se vem o, portanto, o enxame para a sua terra, o senhor é que tem direito a ele?
INF Também. É meu.
INQ2 Rhum-rhum. Isso não sabia. Julguei que se podia ir buscar.
INF Não, mas não. Eu não vou lá dentro do do que é do vizinho. Porque se se ele desloca… É um supor, que é um supor, que eu, eu tenho umas colmeias lá abaixo, um pedaço grande [pausa] e, vamos, vem um enxame por aí acima e pousa aqui na do vizinho, eu não sei se ele é meu, se não é. Não é?
INQ2 Pois.
INF Em vendo o dum vizinho e vem pousar ao meu, não sei se ele é meu, se não é. [pausa] Agora para ser justamente, se o venho acompanhando, quase dou por ele.
INQ2 Pois.
INF Eu ando com um bocado de vergonha, não é? Se não venho, não vou. Só se me ele disser: "Vai lá"! Que eu já dei com eles a virem-me aqui às vezes por eles.
INQ2 Rhum-rhum.
INF Que a gente tem aqui col-. Não viram já aí umas colmeiazicas?
INQ2 Vi, para trás.
INF Pois.