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Vila do Corvo, excerto 59

LocalidadeVila do Corvo (Corvo, Horta)
AssuntoA agricultura
Informante(s) Feliciano

Text: -


[1]
INF Nunca.
[2]
INF Todos os anos.
[3]
Agora tínhamos tínhamos agora isto diferente de todo o mundo:
[4]
as terras acolá, para cima, quando não queriam produzir, nós íamos com os bois e os carros;
[5]
ia-se buscar agora terra [pausa] [vocalização] longe.
[6]
Longe [vocalização] A terra é pequena, mas [vocalização] lugares levar o dia para se ir buscar dez carradinhas de terra!
[7]
viram os nossos carrinhos de bois aqui?
[8]
INF Levar o dia para se ir buscar dez carradinhas de te-, de, de daqueles carrinhos, dez vezes, de terra, para [pausa] de acolá para aqui para para a terra produzir!
[9]
E outras onde onde tinha a terra era mais [vocalização] mais possante, que tinha terra dentro de si, era com estevas a fazer covas na na terra e a ir para o fundo.
[10]
Covas muito [pausa] [vocalização] mais altas e mais profundas do que daqui da, da do telhado para baixo.
[11]
Porque a terra, ele mais do do fundo vinha, melhor era!
[12]
Tinha diferentes [vocalização] qualidades de terra
[13]
e aquilo tudo tudo caldeado uma na outra é que [vocalização] é que era bom.
[14]
Quando a terra não queria produzir, e nós fazíamos isso:
[15]
íamos buscar terra fora para para a terra [vocalização] poder produzir.
[16]
De maneira que elas produziam sempre.
[17]
INF O que fustigava aqui era o vento.
[18]
O vento é que era mau.
[19]
INF Em anos que havia vento em Agosto e Setembro, destruía [pausa] dava mau caminho a tudo.
[20]
[vocalização] Os milhos ficavam ficavam a nada.
[21]
Agora quando não havia vento, que o tempo ajudava, a terra produzia bem de tudo.
[22]
Produzia milho, trigo, centeio, batata, abóbora.
[23]
Produzia de tudo.
[24]
O vento é que era mau.

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