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Vale Chaim de Baixo, excerto 17
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INF1 Então isso uma burra era para a limpeza.
INF1 Para a limpeza é que usavam
INF1 é que usavam uma burra.
INF1 Uma burra chamavam eles um pau com umas forcas que encostavam assim à sobreira com com umas caleiras.
[vocalização] Era uma burra.
INF1 Para subir para cima das sobreiras.
Certas sobreiras [pausa] levavam uma burra.
quando faziam a limpeza às sobreiras, cortavam cortavam…
Faziam a limpeza das sobreiras,
caíam as pernadas para o chão.
[pausa] Depois iam homens atrás.
Isto era para sido ter sido a explicação ainda agora quando foi a limpeza.
Levavam a Iam uns homens atrás, cortando aquilo a tudo traços pequenos, assim grandes, assim deste tamanho, pois, dessa desses restos de sobreiras que ficavam das árvores, [pausa] que a limpeza caía para o chão.
INF1 E depois esses paus que aproveitavam, iam lá homens [pausa] às cargas.
Faziam cargas aqui em cima dos ombros, aí com quatro, cinco arrobas, aqui em cima dos ombros, aqui assim, paus cruzados aqui assim em cima.
INF3 Com paus cruzados assim carregou o meu pai tantos.
INF1 Ali, levavam ali uma quantidade grande em riba dos ombros!
depois chegavam a um certo sítio,
chamavam-lhe para fazer um forno.
INF1 Punham assim tudo em lenha, tudo aqui assim tudo em volta:
INF1 aquele vinha buscar outro moitão,
E depois a gente [pausa] tínhamos as machadas bem afiadinhas
e então arranjávamos ali uns cavaletes –
também chamava-lhe também uma burra;
INF1 pois, também era uma burra –,
ali assim para restolhar os paus em cima para a gente cortar e tirar à falca.
INF1 Púnhamos a lenha descascada para um lado,
e a de ia e a falca ia seguindo,
ia seguindo para o meio do monte, para o para o meio do do forno.
púnhamos a lenha em forma, à volta, e o f- os paus iam todos para para a lenha…
A de falca ia toda para ali.
INF3 Parecia até um novelo.
INF1 E depois [vocalização] fazia-se [vocalização] aqueles novelos grandões [pausa] de redes.
INF3 Chamavam-lhe novelo.
Era Era redes, mesmo redes.
E depois das redes, ali aquilo ali vinham os compradores,
Essa dita madeira que ficava ao lado, que a gente ficava descascada – hã? –, com a cortiça tirada e com uma parte da casca e e pois coiso.
INF1 E depois isso era tudo enfornado.
[pausa] Depois íamos apanhar mato, outras vezes, fetos –
fetos de que há aí assim no no campo, fetos – e fazíamos uma camada
e tapávamos aquilo [pausa] tudo.
E depois cavávamos a terra à roda dos fornos – hum? –, e com pás.
Cavávamos com sachos – como esse que está aí –
e as enxadas de puxar a terra,
Depois Depois eram terrados.
Fazíamos-lhe quatro ouvidos cada forno,
acarreávamos umas pedras,
arrimávamos assim, aqui pedras compridas, assim ainda deste tamanho
, conforme, três ou quatro pedras, ou duas, assim deste tamanho e depois abalávamos dali,
abalava dali aterrado o forno.
E depois deixávamos-lhe uma porta, [pausa] ao forno.
Assim a uma distância alta do chão, assim, vá lá, mais coisa assim, deixávamos ali a porta do forno.
Depois levava até ali uns torrões.
E depois aquele forno, dali terrava-se tudo até acima,
até se fazia assim um carrapito para cima, de terra.
Aquilo ficava ali com uma grossura aí de [vocalização] meio metro.
E depois largava-lhe fogo.
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